O domingo não é dia de ranzinzice – disse o parceiro de caminhadas com um olhar desaprovador.
Irrito-me profundamente com o misto de sociologismo de sindicato e jurisprudência de cabeleireiro – atividade intelectual dos que proclamam que o direito de propriedade na modernidade tropical sofre de um ranço romanista.
Ai meu Deus! Quanta estultícia travestida de ilustração. Títulos de doutor flatus causa.
É isso. Flatulência acadêmica.
Os que pautam seu pensamento exclusivamente na proteção da posse não foram muito longe nos domínios do pensamento racional. Aferram-se à expressão sensível da propriedade; agarram-se à coisa como o cego à bengala.
Os direitos de crédito (como os da massa falida) serão fantasmagorias intangíveis. Pouco importa que esses créditos sejam privilegiados como o são os alimentares…
O que deve prevalecer na balança dessa balbúrdia pós moderna? os direitos dos trabalhadores ou o direito dos trabalhadores?