Um gigante gentil

Elvio Pedro Folloni era um homem manso e pacífico. Assim o conheci, assim permaneceu, firme e sereno, ao longo de todos esses anos que compartilhamos o oficialato em São Paulo.

Avesso aos conflitos, com seu jeito suave, sempre acolhia os colegas com um sorriso amoroso. Não privava de sua íntima amizade, éramos colegas de ofício e profissão, mas sempre o admirei pelo seu caráter de retidão e mansidão.

Nestes dias difíceis de desinteligência e arroubos de vanidade, perder um companheiro com suas qualidades representa uma falta que há de ser muito sentida.

Partiu ontem, 25/4. Não pude me despedir do velho companheiro, este gigante gentil.

Fica a memória da última ocasião em que estivemos juntos. Numa reunião de ânimos exaltados, do outro lado da mesa divisava seu olhar tranquilo e complacente. Dizia-me muito sem pronunciar uma só palavra. Somente assim os Homens hão de se entender: com amor e solidariedade.

Até breve, Élvio. Todos nos encontraremos nesta esquina dramática e redentora.

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